sexta-feira, 18 de julho de 2014

Battlestar Galactica, nova geração.

Battlestar_Galactica_LogoEste texto aqui saiu rápido e com “fúria”, talvez devido a minha frustração ao terminar de assistir a uma série e não ter como comentar sobre ela. Acabou sendo uma resposta atrasada a uma discussão com uma amiga que endeusava os personagens femininos da nova versão de Battlestar Galactica. Na época não tinha argumentos para contestá-la, pois não estava assistindo. Mais agora posso dizer que o “negocio” não é lá o que aparentava.

A Battlestar Galactica original de 1978-1979 – chamada aqui no Brasil de Galactica: Astronave de Combate - foi uma série produzida por Glen A. Larson e a ABC. Mas esta não é o alvo deste texto e sim Battlestar Galactica – 2003 -2009 de Ronald D. Moore e David Eick. Segundo eles uma reinvenção (ou reimaginação) da série original, muito original não? Para mim e falta de imaginação mesmo, já que é mais fácil pegar uma obra com “bagagem” e acrescentar as frescuras adolescentes da época, para acalentar um bando de acéfalos, do que inventar algo novo.

A história é quase a mesma o comandante da nave Galactica William Adama (Edward James Olmos), seu sombra Saul Tigh (Michael Hogan), e a presidente das colônias Laura Roslin (Mary McDonnell) – uma novidade - comanda a “histórica” fuga dos habitantes das 12 colônias de Kabol para o planeta das 13ª tribo depois de perderem a guerra para os Cylons (Cilônios). Estás duas figuras são para mim o melhor da série, apesar de achar que a tentativa de infantilizar Adama nas últimas temporadas tenha sido errada. Pelo menos não temos Lorne Greene com roupas ao estilo Clóvis Bornay.

Mas será que é boa? A série original era clichê, e com personagens caricatos ao extremo como o galã pegador Capitão Apollo (Richard Hatch), e seu parceiro de “traquinagem bebum” de “charuto” Tenente Starbuck (Dirk Benedict). Curiosamente Hatch faz o papel do terrorista Tom Zarek na “nova” e foi um dos que mais lutaram pela reedição da série, apesar de ter chiado ao ver a mesma caminhando num rumo diferente.

Estes dois têm “versões recauchutadas”, Lee “Apollo” Adama (Jamie Bamber) e, a sua contraparte feminina, Kara “Starbuck” Thrace (Katee Sackhoff); uma das “figuras” mais endeusadas pelas feministas rasgadoras de soutiens. A trocar não foi lá de grande serventia. Lee é um verdadeiro imbecil de birra com o pai, e Kara parece uma adolescente em crise com a família e o mundo, só faltou sair dando chutinho por ai como uma mimada.

Esta última se perde lá pela segunda temporada. Se a intenção foi trocar “papeis secundários” femininos da série original por principais na “reimaginada”, trocaram seis por meia dúzia. No final já queria que alguém acabasse com o sofrimento dos personagens, e o meu.

Por incrível que pareça o vilão humano da história Dr. Gaius Baltar (James Callis), nada têm a ver com o tráira original, Conde Baltar (John Colicos). Ele acaba sendo redimido inúmeras vezes, só faltava acender ao céu em meio às nuvens para virar santo.

Os Cylons são um caso aparte. Moore quis dar “novidade”, ao trazer a idéia de modelos robóticos humanóides em série, mas imagina seu Moore isso já não existia na anterior né? A Cylon Number Six (Tricia Helfer) pelo menos se sai melhor durante a maior parte do tempo, pelo menos a versão “anjo ou demônio” da imaginação de Gaius, só escorrega em seu amor piegas da “versão” Caprica Six pelo Dr. “Tiger Woods” de óculos.

Larson introduziu muito do mormonismo, e trouxe uma visão “Eram os deuses astronautas” a sua obra com as figuras dos serafins e do Conde Iblis, um personagem inexistente na reimaginada. E não podemos esquece-nos dos próprios Cylons herdeiros alienígenas reptilianos. Na nova série há um “monoteísmo protestante” delirante Cylon em contrapartida ao politeísmo grego “colonial”; e sem a presença de aliens. A desculpa de Moore era que não ia usar algumas “fantasias infantis” da série original nesta história “adulta, crítica e sombria”.

Serio mesmo? O que é mais infantil; alienígenas que se passam por anjos e demônios, e interfere no desenvolvimento humano e de outros seres, ou um Deus único, onipotente, com um plano mirabolante, “menino buchudo” que fica de birra porque os seus “amados” humanos resolveram inventar a vida artificial? O pior é a figura se arrepender, e deixa um bando de imbecis serem navegados por uma fantasma esquizofrênica, com constantes surtos psicóticos, e um tarado egocêntrico, em sua jornada para encontrar seu “lar paradisíaco”. Ah vá toma no seu cu Moore.

O pior foi a conclusão da saga, pulando de um lado para outro, mais que pulga em cachorro doido, parece que os roteirista estavam tão perdidos como os seus personagens. Passaram de uma tentativa de criar deuses maquinas com os cinco Cylons perdidos, e terminaram com a “santificação” de uma criança que no final se mostrar tão importante como os personagens de uniforme vermelho da velha série Star Trek.

A sensação que tive e de que não se deve importar-se com suas atitudes e fraquezas; transforme tudo em cinzas ao seu redor, pois um Deus lhe ajudará em seu recomeço para fazer as suas cagadas humanas tudo de novo, e deixar uma pilha de cadáveres de inocentes para traz.

Conclusão: A série é boa? Sim é muito boa, principalmente suas duas primeiras temporadas, mas não é “a maior série de ficção cientifica da história” como os fãs tanto gostam de frisar, é nem muito menos serve de exemplo para movimentos de “minorias” a não ser que tenha transtorno bipolar e queira se “caçado” pelos psiquiatras de plantão.

Sé tiver tempo, e paciência, eu recomendo a assistir a original além das séries atreladas, e derivadas, como Galactica 1980. Caprica 2010, Battlestar Galactica: Blood & Chrome de 2012. Battlestar Galactica: The Resistance 2006, Battlestar Galactica: Razor 2007, Battlestar Galactica: Razor Flashbacks 2007, Battlestar Galactica: The Face of the Enemy 2008, e a tentativa de explicar o inexplicável Battlestar Galactica: The Plan 2009.

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