O sonho de voar

O homem sempre teve o sonho de voar, como nos deixa transparecer os mitos de Ícaro e outros, mas só viemos a realizar esse sonho plenamente no século XX. Depois de muitas tentativas frustradas e outras que contribuíram para incrementar as tecnologias que possibilitaram tal feito. Neste dia 23 de outubro comemoramos o vôo de Alberto Santos Dumont com o 14-Bis realizado em Paris no ano de 1906, que para nós foi o inicio da aviação.

Mas para o resto do mudo, e especialmente os EUA, foi o vôo dos Irmãos Wright realizado em 17 de dezembro - três anos antes - que iniciou a era da aviação. Mais porque só nós comemoramos esta data? Estamos errados ao faze isso? Talvez não, se analisarmos bem a história.

As informações sobre o vôo dos irmãos são muito confusas, e por culpa deles, ao tentaram esconder seus testes com o seu Flyer de seu principal concorrente; Samuel Pierpont Langley. Este já estava tentando voar com um aparelho mais pesado que o ar, o Aerodrone, desde o século XIX.

A paranóia dos dois chegou a tanto que não há nenhum registro sério que possa afiançar o tal feito. A não ser o depoimento de dois salva-vidas e um menino. Também não há fotos nem filmagens, apenas um registro em um jornal de Ohio, possivelmente o depoimento das três testemunhas, é mole?

Só um esclarecimento. Há fotos e um filme sobre o Flyer, apresentado pelos irmãos mais tarde, mas não se pode comprovar sua data. Mais mesmo nestes o aparelho precisava da ajuda do vento e de uma catapulta para voar. O piloto ia deitado sobre a asa bem atrás do motor, um projeto “muito bom”.

Tudo isso nos deixa ver um dos aspectos mais sinistro dos “americanos”, que lutam para esconder. Eles não têm pudores em literalmente roubar o legado de outros, como fizeram com o Meucci, e o Tesla, que foram alijados de seus méritos para vangloriar Bell e Edison exemplos de “bons americanos”.

Se o brasileiro não pode ter o direito de figurar como o primeiro, então os “americanos” também não, pois não inventaram nada, apenas colocaram em um aparelho só contribuições de outros. Mais mesmo assim ainda fizeram um péssimo trabalho, pois a geringonça deles jamais vôo por meios próprios. Nem sua replica, com materiais mais novos, consegui tal feito. Diferente do 14-Bis e do Demoiselle. Então porque insistir que eles inventaram o avião?

Muitas das aeronaves que foram sendo desenvolvidas ao longo dos anos têm sua inspiração no Demoiselle. E em vários aperfeiçoamentos de Santo Dumont, como os ailerons, e em outros projetos como o Aerodrome, os Farman e os Bleriot. Mais nenhum foi inspirado no Flyer, por que será?

A polêmica já dura anos, e talvez jamais tenhamos uma explicação por que eles fizeram isso. O pior é ver brasileiros acreditando no conto do vigário. “É tão natural destruir o que não se pode possuir, negar o que não se compreende, insultar o que se inveja”. Serafita, Honoré de Balzac.

Matéria atualizada em 12 de dezembro de 2012