Apple iPad, o revolucionário?

Estive vendo (lendo e ouvindo) nos últimos dias os comentários e as noticias nada exageradas - para não dizer o contrario - dos meios de informação especializados sobre a recente revolução da Apple, o iPad. Sinceramente não vejo novidade nisso. Desde que o Jobs conseguir recuperar sua participação acionaria na empresa que o principal foco dela, e dele, e o Marketing, não que isso não fosse importante antes para Steve Jobs.

Antes que eu seja apedrejado (ou coisa pior) pelos fans amalucados da empresa da maça, lhes informo que sou um admirador, não desta Jonas Brother da informática, mais daquela outra Apple fundada por Wozniak e Jobs que tanto serviços prestou a evolução da informática, mas vamos a “coisa”.

O dito aparelho nada mais é do que um conceito antigo - que estava sofrendo uma “maquiação” encabeçada por dois gigantes (os Tablet PC da Intel e Microsoft) - com o marketing da Apple em cima. Antes dele, todas as outras empresas de informática já tinham lançados modelos semelhantes, e até melhores que ele em hardware, mas sem o estardalhaço feito pela Apple o conceito ficou meio parado.

Varia revistas e sites especializados, ou não, saíram apregoando aos quatro ventos que essa seria a “nova onda” e a revolução do conceito de tablets, será que tomaram alguma coisa? O pior é constatar que talvez daqui à alguns anos apareça um desinformado e digam que a Apple inventou o conceito (sinceramente acho que Jobs paga a toda essa gente para falar muito do seu maravilhoso produto).

O que ele fez foi nada mais nada mesmo que um choque de realidade no setor, já que a Intel e a Microsoft estavam delirando muito em seus novos tablet PCs (UMPC – Ultra Mobile Personal Computer). Foi uma volta as origens do conceito já que o aparelho prima pela simplicidade. Uma ode aos Pads de Gene Roddenberry presentes na série Star Trek de 1966. O NewsPad do filme 2001: Uma Odisséia no Espaço de Arthur C. Clarke e Stanley Kubrick de 1968. E o Dynabook de Alan Kay de 1972 o primeiro conceito real do que viria a ser uma Tablet.

Mais aqui fica a pergunta para o que serve mesmo o iPad?, ele é pesado para um e-book e sua tela não e comparável a um Kindle da Amazon ou qualquer outro aparelho que use a tecnologia e-paper e nem se compara a um tablet PC da IBM ou HP em processamento e usabilidade e a maioria de suas funções estão no iPhone e no iPod também; será que o bicho e um grande e caro peso de papel para “playboys”?

Atualizações: Como alguns leitores podem estar percebendo, por alguns textos no Acirrando, esta minha opinião poderia ter mudado. Mais não, continuo achando que não foi uma revolução tecnológica, mais concordo que foi um ponta-pé inicial no “mofado” conceito que então prevalecia. O aparelho mostrou as outras empresas que não dá, pelo menos ainda, para ter um computador completo em um livro.