Shrek Forever After.

Pode um desenho animado ser desanimador? A meu ver pode sim, e foi à sensação que tiver ao ver a quarta parte e a ultima da película do ogro verde, Shrek Forever After de Mike Mitchell foi decepcionante para mim. Ele obteve a maior bilheteria em um final de semana de estréia nos Estados Unidos, 71,3 milhões de dólares. Apesar disso, a bilheteria ficou abaixo das previsões do estúdio, que esperava um valor acima de 100 milhões, por que será?

Shrek se tornou um marco por apresentar um desenho animado sobre contos de fadas sem o politicamente correto da Disney; um anti-herói “peidão” e monstruoso acompanhado de um Burro tagarela. Suas tiradas hilárias e seus amigos encantados muito esquisitos (um Pinoquio que usa tanguinha, e um Lobo vestido de baby-doll) se tornaram ícones de uma época, mas como tudo que e bom acaba; Shrek acabou.

Talvez vocês achem que eu estou exagerando, mas desde a morte do Bussunda que a voz da dublagem não casa com o personagem, mesmo em inglês o Miker Mayers que faz a voz do Shrek parece cansado e desanimado e o enredo parece não ajudar em nada. Muito diferente do primeiro e do segundo filme que foram dentro dos seus conceitos perfeitos o quarto passa a sensação de angustia e é meio sombrio demais.

O enredo se passa quando Shrek se tornar um “homem de família”. E em vez de assustar moradores da vizinhança, como ele costumava fazer, o ogro passa relutante a autografar garfos de arremesso no aniversário de suas crianças, e deseja não mais aquela vida de bonzinho e famoso. Vendo isso o vilão Rumpelstiltskin vender a ele um pacto no qual ele cede um dia de sua vida e recebe um dia perfeito, sem filhos ou mulher e volta a ser assustador.

Ao chegar nesse dia tão perfeito e desejado por ele, Shrek repentinamente se vê em uma versão, distorcida de Tão Tão Distante, onde ogros são caçados, Rumpelstiltskin é rei, o Burro é um intelectual, Gato de Botas perdeu seu charme de Don Juan e está bem acima do peso, Fiona é uma grande criminosa e os dois nunca se conheceram e muito menos se casaram. Cabe a ele desfazer todas as travessuras de Rumpelstiltskin na esperança de salvar seus amigos, restaurar seu mundo, e recuperar seu verdadeiro amor, amigos e família (parece ate enredo de RPG).

Esta história poderia ser boa se bem aproveitado, mas os roteirista e animadores não estavam tão animados assim; a sensação durante todo o filme e que falta algo, talvez mais alegria e menos escuridão, como sempre o Burro e a figura mais carismática, mas ele parece mais um papagaio velho e despenado; nada daquele ser sem nenhuma noção do que fazia dos dois primeiros filmes.

O que fica de lição desse filme e: se não esta de bom humo não invente de fazer graça, pois ela acaba parecendo desgraça. Se os muitos fãns do ogro quiserem ver o filme, eu recomendo como um fechamento para a saga, pois e isso que o filme deixa transparecer, que chegou o fim.

Assista ao filme baixando-o com o Dreamule pelo PootzForce.