VANTs (UAVs) do Brasil.

Tirando figuras como Santos Dumont e Landel de Moura, o Brasil nunca foi um país de pesquisas tecnológicas e cientistas ao estilo de Edson ou Tesla. Durante o regime militar o Brasil tentou dar uma guinada em seu rumo o que ocasionou um aumento no setor de pesquisa que acabou por construir grandes empresas que foram mais tarde simplesmente sucateadas ou vendidas a preço de banana por indivíduos que mereceriam a forca como Fernando Collor e FHC (além do inepto Itamar) coincidentemente dois Fernando.

Devido a isso o Brasil hoje tem um problema serio nas mãos; não havendo quase nada mais a barganhar, a não ser seus recursos naturais e agrícolas, coisa que outros também têm. Mas continuamos com manias herdadas dos tempos do regime militar, juntadas com a falta de caráter dos tempos dos “democratas”, por isso projetos ao estilo “elefante branco” como o do submarino nuclear, o grande problema disso e que já não possuímos fábricas de capital nacional de itens básicos quiçá de alta tecnologia. Fazendo uma analogia, o Brasil quer construir um prédio sem ferro e cimento.

Muitos países nos últimos anos têm percebido, que em certos setores não pode haver muita concorrência nem entrada maciça de capital estrangeiro (caso do militar) por isso os governos destes incentivam a fusão ou a compra de suas empresas para transformá-las em duas ou até em uma apenas como o caso da Finlândia (Patria) e África do Sul (Denel). Até o EUA que se diz o defensor da livre concorrência fez a mesma coisa. Mas no Brasil o que vemos e uma pulverização do talento aeronáutico em muitas empresas e projetos de universidades que em sua maioria não vão para frente quando não são simplesmente vendidas a empresas estrangeiras para depois as mesmas ficarem “arrotando” aos quatro ventos que elas são as maiores inventoras.

Mas mesmo assim ainda existem alguns loucos nesse país que ainda tentam dar sua contribuição à nação como os construtores de VANTs ou UAVs na sigla em inglês. Em geral, um Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT), ou Unmanned Aerial Vehicle (UAV), custa menos que um avião tripulado, e também tem um custo operacional menor. Existem também VANTs, que são alvos para treinamento militar. Em situações de conflito, um Veículo Aéreo Não Tripulado de Combate (VANT-C), ou Unmanned Combat Air Vehicle (UCAV), garante também a segurança do piloto, que fica a dezenas, centenas, ou até a milhares de quilômetros da batalha, mesmo que o uso desses aparelhos acenda debates éticos sobre o uso de aparelhos robóticos nas guerras para atacar humanos.

Mas não é só isso, existem também vários projetos de VANTs com capacidade hipersônica, ou seja, com velocidade muito, mas muito superior mesmo a velocidade do som, além dos modelos com asa rotativas. No caso dos hipersônicos, há inclusive um projeto brasileiro chamado 14X, mais um da leva de projetos megalomaníacos dos militares brasileiros. Vamos aos VANTs de projeto nacional.

BQM1BR, fabricado pela extinta CBT (Companhia Brasileira de Tratores), de propulsão a jato com uma Turbina Tiête TJ-2, fabricada pelo CTA (Centro Técnico Aeroespacial). Este protótipo serviria como alvo aéreo, e ao que tudo indica realizou um vôo em 1983. Parece que o mesmo se encontra exposto no museu Asas de um Sonho da TAM.
Mais informações neste arquivo PDF da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Gralha Azul (Embravant): uma empresa incubada pela Incubaero. O interessante é que segundo o site da empresa o Gralha Azul já realizou vários ensaios de vôo. A aeronave usa containeres para suas diversas funções.

Apoena (Xmobots): Algumas de suas aplicações segundo o site da empresa: Inteligência, vigilância, reconhecimento, marcação de alvos por laser, avaliação de campo de batalha, link aéreo de comunicação, busca e salvamento, vigilância policial, meteorologia, dentre outros.
Mais informações no site da empresa (Serie Apoena).

Carcará (Santos Lab): De lançamento manual, trata-se de uma plataforma aérea resistente para emprego em operações e exercícios militares que exigem lançamento e recuperação em locais restritos, e seguro o bastante para o sobrevôo de áreas populosas. A Santos Lab têm também outros VANTs como o Jabirú, e o Azimute (Alvo Aéreo) que pode ser visto em seu site.
Mais informações no site do Comando Geral do Corpo de Fuzileiros Navais.

ACAUÃ (CTA, CTEx - Centro Tecnológico do Exército, IPqM - Instituto de Pesquisas da Marinha e Avibras): projeto conjunto dos meios de pesquisa militares pode ser considerado o irmão maior do Carcará.
Mais informações no site doIAE-CTA.

CEA-UAV-01 SiDeVAAN-01 (UFMG/Flight Solutions): mais um projeto de universidade patrocinado por incubadoras, neste caso da UFMG ele e baseado em uma tese de conclusão de curso de Rodrigo Sorbilli.

14X (FAB/IEAv): O 14X é um projeto brasileiro de um veículo hiper-sônico, que poderá atingir até a velocidade Mach 10 (10 vezes a velocidade do som). Mais um dos projetos megalomaníacos que e provável ter o destino de outros semelhantes no Brasil, a gaveta.
Mais informações no site do Laboratório de Aerotermodinâmica e Hipersônica Prof. Henry T. Nagamatsu.

Devido à desmilolice do FHC não temos quase nenhuma empresa com capital nacional que produza algo de valor no campo tecnológico; mesmo empresas como a EMBRAER e Vale, são na sua maioria de capital estrangeiro apesar de possuírem sócios brasileiros.

Vivemos assim em uma situação engraçado, pois voltamos quase a virar um país produtor e processador de matérias primas e aqui e ali empresas de montagem industrial para os países ditos desenvolvidos, coisa que o Getulio Vargas e os governos militares quiseram acabar. Isso e no que dar acreditar na balela da globalização e neoliberalismo é votar em indivíduos como FHC ou mesmo o Lula e sua companheira de luta, Dilma.