Cuidados com o backup: Primeiros passos.

Nesta segunda parte irei me ater ao backup em sim em suas três frentes, e os procedimentos e dica úteis para uma copia segura. Escolha qual tipo de armazenamento quer, e veja suas vantagens e desvantagens; observando se vale apena usá-los para guardar seus dados.

Sistema NAS: Você pode esta pensando porque eu optei por um sistema deste com RAID 1, ao invés de uma case USB comum - foi à segurança - se você tem um HD e ele der problema você simplesmente perde tudo, não há como recuperar. Além do mais o preço não é tão grande como se imagina, no Mercado Livre há modelos com 2 baias nesta configuração por menos de 600 reais, uma case com um HD 3.5” junto sai por 300, mais não tem proteção nenhuma. E se você for um felizardo comparador de um Seagate com o firmware bichado, diga adeus ao backup.

O NAS e um dispositivo fenomenal ele se conecta ao roteador pela porta ethernet e passa a disponibilizar arquivos para uma rede; há modelos domésticos de uma e duas baias (com RAID). Alguns inclusive podem servir como servidores multimídia disponibilizando músicas, vídeos e imagens para a rede, armazenador de vídeos de segurança e até servindo como um cliente de torrents e eDonkey2000. Bem mais econômico para sua conta de luz do que deixar o PC ligado o dia todo.

Caso você não seja paranóico como eu, ou não tiver uma rede que justifique o uso de um aparelho como esse - pode usar uma case USB ou E-SATA - há inclusive modelos de case com RAID. Mais elas não são rápidas, e se tiver uma rede, a configuração para se acessar a case e mais trabalhosa. Mais a escolha vai do bolso de cada um, ou o tamanho dos dados armazenados.

Segurança, velocidade e capacidade: Essa e uma área onde os HD magnéticos ganha com folga – tirando alguns casos - um disco rígido é ainda mais seguro que memória flash por não apresentar limite de gravação, mas eles são mais propensos a falhas de hardware por apresentar peças moveis, a não ser que seja um modelo de 2,5. Em velocidade eles ganhar também, um NAS SATA2 ligado a uma conexão gigabits e tão rápido quanto um HD interno. Quanto à capacidade eles são melhores em custo beneficio que os outros esquemas apresentados aqui.

Dica de segurança: se você comprar uma case para instalar um HD que já possua, eu aconselho a usar um pequeno truque; já que os modelos mais baratos não têm coolers, e nem dispositivos anti-vibração, você pode usar arruelas de borracha nos parafuso que prendem o disco a estrutura da case para amenizar vibrações. O mesmo método pode ser usado no NAS, caso ele não venha com um sistema adequado. Quanto à temperatura não há muito que se fazer a não ser improvisar um ventilador para colocá-lo na direção da case, mas não e um sistema muito adequado, e beira a gambiarra.

Memoria flash: você pode utilizar pen drives ou cartões SDHC de grande capacidade para armazenar seu conteúdo, mas opte por pen drives, eles são muitos mais baratos que os cartões SDHC. O tamanho vai depender da quantidade de dados. Divida em pastas os conteúdos e pegue diretamente do NAS, caso tenha optado por usá-lo como primeira linha de seu sistema de backup. Fiquem atentos aos que tenham tamanhos descomunais e preço baixo, a maioria e truque. (Verifique a originalidade do pen drive Kingston)

Capacidade, velocidade e segurança: Os pen drives podem variam de 1 a 32 GB de armazenamento dependendo do sistema de arquivos usados (FAT16 ou FAT32). Há modelos maiores, mais são muitos caros e ainda não estão totalmente difundidos, assim como seu sistema de arquivos (exFAT). Sua velocidade depende da porta USB (USB1 ou USB2) e usa um recurso nativo dos sistemas operacionais implantado pelo padrão USB (mass storage). Eles são muito mais seguros como armazenamento estático, mas sua vida útil e bem mais curta que os discos magnéticos, isso é devido a sua construção; cada célula flash do tipo MLC só pode ser gravada dez mil vezes o que e bem menos que um HD.

Mídias ópticas: O terceiro nível e talvez o mais chato de todos, pois não pode ser automatizado com programas (não há um programa para tirar o DVD e colocar outro). Nesse você poder organizar os DVD por tema como eu indiquei, mas para facilitar você pode pegar os conteúdos diretamente das pastas do NAS ou pen drive, caso tenha escolhido algum deles para ser o seu sistema principal. Esse modelo e o seguro do seguro, caso aconteça algum problema com o NAS ou o pen drive você pode recuperar os dados dos DVDs sem problema.

Segurança e capacidades das mídias ópticas: E claro que uma mídia óptica não è mais segura que um HD magnético ou memória flash, mas e um recurso barato e pratico de armazenamento e transporte de dados. Dos atuais, o DVD-RAM (por ter recurso de segurança como CRC e gerenciamento de blocos defeituosos) e mais seguro que o DVD-RW e CD-RW, então opte por mídias DVD-RAM. Caso não as encontre use DVD-RW, só em ultimo caso use CD-RW, eles não são nada confiáveis. As capacidades variam de 4,7 a 9,4 GB para DVD-RAM, de 4,7 a 9,4 para DVD-RW e 800 MB para CD-RW. Caso use o sistema de arquivos UDF em seus DVD saiba que este sistema rouba um pouco da capacidade da mídia.

Como eu já disse antes, o esquema de backup vai depender de dois fatores: Rede presente e a quantidades de dados para armazenamento, além e claro da segurança que queira dar ao sistema. Você pode usar o NAS combinado com pen drive ou esse combinado com mídias ópticas, só tem que ter em mente algumas regrinhas básicas que são: Sempre tenha uma copia de segurança do backup principal. Se usar mídias ópticas e memórias flash não divida seu conteúdo em vários pen drives ou DVDs, organizá-los em poucas mídias pode ser útil e ficar mais fácil a procura e a catalogação.

Este é um dos meus muitos artigos sobre como conviver seguramente com equipamentos de informática sem ter que recorrer a aquele amigo da onça (técnico); que vai te cobrar uma fortuna para te dizer que backup significa copia de segurança.

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