Sou usuário de Linux há um bom tempo desde que conheci o Kurumin do Carlos Morimoto, e passei a freqüentar o fórum dele na internet, lá pelos idos de 2000. Naquela época o sistema era a promessa de redenção de muitos, hoje continuam prometendo, apesar de seu ímpeto ter se esfriando um pouco; mais passei a usá-lo sempre. Não só em PC velhos e projetos mirabolantes, mas como maquina virtual de teste para programas.
Eu queria um sistema leve com possibilidades de customização fácil e de quebra pudesse rodar direto da memória RAM, o que agilizaria o mesmo. Quando o usei pela primeira vez não tinha essa intenção, já que memória era cara há uns dez anos atrás, só queria um sistema novo que roda-se com desenvoltura em um Pentium III. Vamos conhecer algumas particularidades do Linux para a escolha de uma distribuição.
Instalação de programas: Não há o conceito Windows de arquivo de instalação, como os EXE, apesar de os pacotes (DEB) comportarem-se como tal em algumas distribuições. Os gerenciadores de pacotes são a porta de entrada para a instalação de atualizações, e de programas. Há vários sistemas no Linux, que vão dos arquivos TARs aos derivados da família Debiam, como o dpkg/APT (DEB) ou os que usam RPM da Red Hart. Outros formatos como Pacman do Arch Linux ou o Portage do Gentoo Linux, mas estes são em grande parte derivados desses dois.
Ambiente gráfico: Uma coisa que assusta as pessoas e a linha de comando (modo texto), que muitas acham que não existe no Windows. Dificilmente hoje você usar a linha de comando no Linux assim como quase ninguém usa a do Windows. Diferente deste o Linux é modular e configurável, se baseia em um ambiente gráfico em cima do X Window System. Este ambiente pode ser um simples gestor de janelas em cima de alguma biblioteca ou sistemas completos como o GNOME (GTK), KDE (Qt) e Enlightenment (EFL), apesar de alguns não acharem que este último seja. Agora as distribuições escolhidas.
SliTaz: Desenvolvido originalmente em 2006 por Christophe Lincoln e mantido atualmente pela SliTaz Community, é uma distribuição pequena – 30 MB – baseada no Debian com ferramentas customizadas, como o Tazpkg para o gerenciamento dos pacotes. O LXDE/OpenBox (mais o BusyBox como caixa de ferramentas em modo texto) vem como ambiente gráfico padrão. Opera na arquitetura x86 de 32 e 64 bits, e há previsão para a plataforma ARM em breve. Ele possui um suporte ao nosso idioma – e a vários outros. Ele pode “rodar” a partir de CDs. DVDs, USB, disquete e a partir da Web.
Este é o sistema que eu estou usando agora. Claro que não é o “original de fabrica”, já que substitui o ambiente padrão pelo EnlightenmentDR17 e acrescentei outras coisas com o Tazwok. E isso nem mesmo afetou seu desempenho. Ele escolhe a melhor configuração do sistema conforme a memória disponível e o tipo de componentes de hardware da máquina para ser executado na versão Live (um ambiente de trabalho completo, um ambiente de trabalho simples, um ambiente com somente o servidor gráfico rodando ou um sistema em linha de comando).
O Slax com cerca 218 MB é o Linux mirim da turma do Slackware. Foi desenvolvido em 2002 na República Checa por Tomáš Matějíček. Usa o KDE (a partir da versão 6) como único ambiente gráfico. Opera nas arquiteturas x86 de 32 e 64 bits. Para o gerenciamento de pacotes usa o slackpkg do Slackware e os módulos próprios do seu sistema (Slax). Ele pode ser carregado a partir de CDs, DVDs e USB, mas não possui instalação automatizada para HDs.
Puppy Linux é uma distribuição bem diferente, o desenvolvedor o australiano Barry Kauler resolver criar um sistema único sem base inicial em 2003, ele não pertence a nenhuma família Linux. Ele tem versões para processadores x86 de 32 e 64 bits e ARM. Seu gerenciador e o IceVM. Tem 163 MB e cabe folgadamente em um miniCD. Usa o PetGet (Puppy Package Manager) como gerenciador de pacotes. Operado por CD, DVD, USB, Zip drive, ou rede.
O Damn Small Linux (DSL) é uma distribuição baseado em Debian desenvolvida em 2003 pelo “americano” John Andrews. Seus tamanho é surpreendente, ele cabe em um CD card (50 MB), assim como o SliTaz. Ele Usar o JWM/FluxBox como ambiente gráfico padrão. Ele ficou parado nos últimos tempos, mas a partir de 2012 voltou à ativa em uma versão RC (4.4.11). Opera na arquitetura x86 de 32 bits.
E um projeto interessante mais não cumpre os meus requisitos por não ter versão em português. Usar como gerenciador de pacotes o seu próprio sistema, o MyDSL, ou o APT (Advanced Packaging Tool) do Debian. Opera por CD, DVDs, Zip drives e USB.
Tiny Core Linux (TCL) é a menor distribuição Linux de propósito geral que existe, foi uma “fork” do projeto DSL criada em 2009 por Robert Shingledecker. Usa o BusyBox e FLTK/FLWM como interface padrão para o usuário. Para a instalação de pacotes e de atualizações do sistema o AppBrowser/tec-load. Tem três versões, Core de 8 MB (modo texto), Tiny de 12 MB (versão padrão) e Plus de 64 MB (como mais recursos).
Opera em x86 de 32 e 64 bits (em fase de testes) e ARM. Apesar de ser um projeto interessante não é viável para leigos ou pessoas que não dominam o inglês já que não tem suporte ao português. Opera por CD, DVDs, USB, mas principalmente a partir da memória RAM.
Qual usar? Os três primeiro são minha recomendação para o uso, principalmente o SliTaz e o Slax, porque? Simples, eles são leves e em português, apresentam uma interface gráfica bem mais aprimorada para o uso de telas com resoluções maiores, e todos eles podem ser instalados no HD.
Esse texto não é um tutorial ou dicas de uso dos sistemas apresentados, e sim apenas uma analise superficial dos mesmos. Mais informações podem ser encontradas nos fórum das respectivas distribuições que pode ser acessado a partir dos sites dos mesmos (os links estão presentes no texto).
Muito bom. Eu estava procurando justamente uma opinião resumida de distros minimalistas. Segura meu LIKE!
ResponderExcluirObrigado, se deseja mais informações sobres distros minimalista e só entrar em contato comigo pela página de contatos.
ExcluirFeliz Ano Novo.