quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Será que o Steam é uma boa?

Não sei o que pode levar o leitor a deduzir ao ler o titulo, pode achar que é mais um texto falando que o serviço não é legal, ou outro sobre as vantagens da mídia digital em relação a física. Fique tranquilo, não é nem um nem outro, e sim um apanhado do meu aprendizado, que adquirir desde que vi pela primeira vez o Steam. Quando o programa era apenas uma ferramenta para catapultar o CS da Valve.

As vantagens: São muitas. Uma comunidade forte, e a presença de “features”, tanto no cliente, quando na loja, para maximizar a interação entre os participantes, preços competitivos. Facilidades na instalação, e duas grandes importantes funcionalidades a Steamworks e o Workshop.

A “Steamworks” é uma API para funcionalidades “in-game” ou serviços da plataforma, como as conquistas, estatísticas para jogos “competitivos”, armazenamos de “saves” e configurações em “nuvem”. Sem contar cartas colecionáveis para a fabricação de insígnias para aumentar o nível do perfil, Suporte a SteamVR, e os “trojans” VAC (Valve Anti-Cheat) e o DRM, sim o Steam é um sistema de “Digital Restrictions Management”.

Mas isso tudo depende do interesse das desenvolvedoras em usar ou não, não é obrigatório, e muitas largam o jogo “cru” sem nenhum atrativo. E dá-lhe jogo velho com preço de novo sem conquistas, nem mesmo um “salvamento na nuvem”.

Outra “perfumaria” e o Perfil que e o seu “cartão visitas”, e estar atrelado ao nível Steam que atualmente faz algumas poucas coisas, como estilizar ele próprio, e a possibilidade de ganhar pacotes bônus de cartas. No futuro pode ser que der algo mais quem sabe.

A “Workshop” é outra das “features” interessantes, é o local onde os usuários de games que possuem itens customizáveis, possam disponibilizar os mesmo, se baseada no conceito de comunidade. Praticamente uma forma, segura e fácil de usar Mods e ad-nos em jogos sem preocupação.

Além é claro do preço e o multiplayer online gratuito. O produto é infinitamente mais barato que seus correlatos em mídias físicas, se é que isso ainda existe para os PCs, e também nas “Stores” dos consoles. Mas há um porem, um que a maioria seque nota, pois não percebe que está sendo tolhida em seu direito.

As desvantagens: A dependência quase total da internet. A falta da sensação de colecionáveis, alguns alegam a possibilidade de “queimar” um DVD, CD com o backup dos jogos, e até usar um site de “covers”, mas não é a mesma coisa. Outra é a perda da “posse” do objeto comprado.

Sim o jogo não é seu, por mais que tentem lhe dizer o contrario, o uso dele depende do estado de sua conta no serviço, não pode vender nem passar para frente, não há usado neste meio. No final você, e sua jogatina, é refém de um terceiro. Legal isso não? A alegação contraria e que o jogo nunca foi seu, na física você podia fazer o que quiser com ele, a não ser copiar para fins de lucros, já na virtual não.

Segurança: Nenhuma. Como disse antes, você é “’reféns” de um terceiro, que alias opera em outro país. O sistema é seguro como a porta de um puteiro. É um serviço online como outro qualquer, tem os mesmos mecanismos de “segurança”, e as falhas, que um serviço de e-mail teria.

Por isso, tenha muito cuidado com a sua senha do Steam, e a do e-mail atrelado a ela. Se possível usem um senha grande (mais de 16 caracteres) com letras e números. E use o Steam Guard. E esqueça esse negocio de autenticação pelo celular, pois no Brasil isso pertence ao ladrão.

O banimento: O VAC é um sistema “infalível” de pega “cheats”, você sabe que não existe nada infalível, mas os usuários do Steam acham. Cuidado, pois este sistema analisa todo o se HD e a memoria no momento em que se inicia um jogo com este recurso ativado, e ele saberá dos “cracks” daquele jogo que você disse que só vai testar, ou daquela modificação marota de “mais dinheiro”. Se vão bani-lo por isso? Não sei, que ariscar?

E irei perde o que? Se for um jogo que só use o VAC fica impossibilitado de joga-lo online, ou de vender itens deles no mercado, mas a brincadeira começa a fica interessante nos jogos Souce e Gold da Valve, tomando “ban” num deles você automaticamente ficará em todos os outros, e perderá o acesso ao mercado. Além de que de qualquer forma ficará com seu perfil marcado para sempre.

Será que existe uma compensação para o dinheiro gasto sem garantia no Steam? Sim há, e se chama “Mercado da Comunidade” é lá que estão os itens que podem ser vendidos, como armas e “skins” de jogos, os mais famosos são os dos DOTA, Counter-Strike Global Offensive (CS:GO) e do Team Fortress 2 (TF2), mas há muitos outros. Você pode até mesmo ver que há itens simples, mas que são raros como uns planos de fundo do WGD.

Sem contar que se poder vender pacotes de “gemas”, cartas colecionáveis, planos de fundo e emoticons. As gemas são obtidas a parti dos itens colecionáveis, e são usadas para criar pacotes bônus que gerar cartas. No final das contas o dinheiro arrecadado só servirá para ser usado no próprio Steam, não tem como você transferir para outro lugar. Como os antigos “caças-tesouros” dos MMORPGs faziam não é mais possível.

Será que vale a pena? Pense bem, você vai gastar dinheiro real (reembolsável talvez através das tradings cards e do mercado da comunidade) em uma coisa que não terá oportunidade de vender legalmente, se precisar. Além de não possui a posse real, e a garantia sobre o produto que está comprando.

Minha recomendação é, não coloque todos os ovos no mesmo cesto. Use as alternativas ao Steam, e não caia no conto da mídia digital. A perda da “posse” dos jogos no futuro vai ser uma dor de cabeça para o jogador, principalmente se ele for um colecionado e não um usuário casual.

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