
Esse nicho de pessoas desprovidas de verdadeira cultura que, lotam qualquer estréia de peça que eles não entendam e à cada amostra de arte da qual ela não tenha o minímo discernimento, demonstram não só, o descaso com verdadeira cultura brasileira quanto também uma extrema baixa auto-estima dos membros desse "movimento sem causa".
Usam quadriculados e não se importam em ainda usar boinas. Ouvem Mallu Magalhães, "bandinhas Underground" ou até sons de baleias, mas não conhecem Cartola, Chico Buarque e tantos outros compositores geniais. Dizem terem lido os romances de Dostoiévski e basta-lhe isso pra causar-lhe uma ereção, mas não sabem nada sobre verdadeiros escritores.
Dizem-se comunistas, mas não abrem mão de seu All-Star e de sua calça listrada de marca. Adoram conversar sobre cigarros e maconha e geralmente são envolvidos com causas estudantis nas faculdades. Adoram fotografia e têm como filme predileto "Amélie Poulain" ou "O Cheiro do Ralo". Toma chá, mas com uma gota de vodka pois, viu em um filme e acha isso o máximo de cultura. Chama qualquer um de inculto, mas na verdade só quer atenção. Diz que não se importa em ficar rico mas morre de inveja daquele cara que tem o carro do ano.
Assiste todos os filmes do Charles Chaplin, mas não conta pra ninguém o esforço que fez pra ficar acordado. Assistem filmes iranianos e tentam aplicar "os ensinamentos" em sua vida mentirosa. Esperam ansiosamente a maratona cult do "Telecine Cult" mas acabam por espiar sempre a "outra maratona" que passa no Multishow nas madrugadas.
O que quero dizer é que essa "culturização" (mesmo que cheire a esterco) virou um "estilo" como: Emocore, Neonazistas e Pitboys. Lutam e lutam, mas não sabem o porquê da guerra. Sem contar todo trauma que essas pessoas têm com o fato de não serem o mais bonito ou o mais rico desde sua adolescência. Acabam optando por um jeito "mais fácil" de se acharem importantes ou conseguirem um pouquinho de atenção. É tudo esconderijo.
"Brasileiro lê muito Dostoiévski" Nelson Rodrigues.
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