Humano, demasiado humano.

Uma das coisas que eu acho mais grotesca na humanidade e sua profunda megalomania. Tentamos de tudo para sermos o centro do universo, e suas figuras mais importantes. Mais quando algum evento desmerecedor ocorre e desmascara sua imagem “perfeita”, logo aparecem os cientistas de plantão - ou coisa pior - para tentar dar uma explicação cientifica; ou arriscar achar um culpado para o fato que manchou a “perfeição humana”.

Bem qual seria o razão deste primeiro parágrafo? Recentemente ocorreu um fato em uma conhecida Universidade particular de são Paulo, que chocaram a alguns, e deixou os defensores da “humanidade perfeita” com uma coisa engasgada na sua goela.

Centenas de alunos mostraram a verdadeira face dessa bela característica dos homens chamada de racionalidade humana, ou seria irracionalidade?

Quando algo ocorre, como esse caso da faculdade, ou algum fenômeno da natureza consegue destruir o “esplendor da criação” humana; logo vem à turma dos defensores tentarem amenizar os fatos. Para eles não existe aquecimento global, não existe vida em outros lugares, e casos de histeria coletiva, acontece por falta de educação; será? Talvez isso não seja apenas um lado de nossa própria humanidade que se mostra?

Muito se tem debatido sobre a tal racionalidade humana e a irracionalidade dos animais. Alguns defendem que por termo casas, roupas e outros utensílios; somos uma dádiva de Deus para a natureza, e devemos comandá-la. Isso apenas demonstra uma pequena face da ânsia por poder dos humanos.

Não nós sentimos bem ao descobri que não somos tão assim especiais, como costumamos achar. Isso talvez explique nossa relutância em achar certo qualquer coisa que nos mostre que não somos assim tão essenciais, ou que nosso papel no cosmo tem a mesma importância de um vírus ou bactéria.

Se algum dia conseguirmos deixar de lado nossa prepotência e arrogância nata, conseguiremos evoluir para algo melhor. Mais ai há um grande dilema, se fizermos isso não estaremos alienando as próprias características que nos torna humanos? Pensem bem nisso.

Apesar do nome desta crônica ser uma licença poética da obra homônima de Friedrich Nietzsche, eu não acredito – ironia maior – em seu otimismo da superação pelo homem de suas mazelas. No qual se baseiam algumas suas obras, mas sim que não há uma solução para a humanidade a não ser o seu extermínio. Um preço bem alto para se pagar pela perfeição, e que ninguém estaria disposto a isso, ou estaria?

Às vezes me sinto pensando como bigodudo alemão, mais a cada dia que fluir passo a notar que suas teorias têm um que de fantasia e quem sabe até mesmo otimismo. Talvez eu concorde mais com Mark Twain: “Se o homem tivesse criado o homem, teria vergonha da sua obra”.

Matéria atualizada em 12 de dezembro de 2012