Lendo o artigo do site português Área Militar sobre a possível compra de defesa antiaérea Almaz – Antey Tor-M2 da Rússia fez me lembra que eu sempre vi com estranheza os militares brasileiros, apesar ser um admirador de assuntos militares. Eu sempre notei uma falta de visão estratégica dos comandantes em relação a nossas forças armadas (FA). O Brasil é um país pacifico ou briguento?
Os responsáveis pelas compras de armamentos nas FAs do Brasil sempre foram de uma imbecilidade estupenda (quando não são corruptos). Alegam que o país não precisa de armamentos sofisticados, pois e uma nação pacifista, mas compra armamento, só de ataque e não de defesa. E ainda tem a cara de pau de dizer que não e para leigos se meterem em assuntos militares, como se eles fossem realmente especialistas.
Nos últimos anos as tentativas tem sido um fiasco (talvez a única compra bem feita foi a do Avibras Astros II). A compra de caças para o Brasil (Programa FX2) com o intuito de ataque (mais o Brasil não era pacifista?), e defesa aérea esta mais para compra de carrinhos pros filhinhos playboys do que defesa antiaérea, já que um ataque viria tão rápido (e eu nem to falando de um ataque dos EUA) que eles seriam destruídos antes de sair do chão.
O sistema de controle e defesa aérea brasileiro é uma verdadeira piada; se e que existe um. As armas navais (Selenia Aspide-2000 - o único que pode alguma coisa apesar de serem poucos - BAC Seawolf e alguns canhões Bofors L70/40) e um punhado de lançadores KBM Igla-1 (50) não dão nem para fazer cócegas nos aviões da força aérea Boliviana, se o Evo decidir atacar o Brasil, quiçá à Venezuela.
O Brasil devido ao seu tamanho e importância econômica deveria ter pelo menos uns quatro lançadores de mísseis antiaéreos do tipo S-300V ou PMU da Almaz – Antey ou equivalente. Sem contar lançadores de médio alcance e de curto; usados para defesa dos próprios lançadores de longo alcance e de pontos vitais como usinas nucleares, hidroelétricas e os preciosos brinquedinhos dos filhinhos de papai (Programa FX2).
Eu sei que é difícil o Brasil ser independente (não sei de onde vem esse amor doentio pelas coisas inglesas que os povos lusitanos têm) politicamente como a China, Índia, África do Sul ou Suécia, mais se o Brasil quer continuar a ser “amasia” dos EUA, ele poderia fazer ao menos como a Finlândia ou a Grécia que continuam comprando os “presentes de grego” americanos, mas também compram de outros países sempre procurando o melhor para eles.
Em Portugal não é tão diferente assim. Lá as FAs estão em completo abandono, à marinha é uma piada, e pensar que este país já esteve à frente das navegações mundiais. Mas pelo menos eles têm uma defesa antiaérea, o Chaparral, que é uma porcaria, mas e melhor ter-la do que nada. Coma dizia o sábio Albert Einstein: “Não sei como será a terceira guerra mundial, mas a quarta será a paus e pedras”. No Brasil e em Portugal já caminham para isso.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
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