Você sabe o que é um PC All-In-One? Não? Simples é apenas um termo para descrever uma coisa já existente, por motivo de marketing, para fazer um desavisado comprar achando que é o “moderninho” da turma. Fazendo um paralelo, é o mesmo que a Apple faz com seus computadores, notebooks, “celulares” e tablet. Significa um computador tudo em um, coisa que já existia desde o surgimento dos “computadores domésticos”
Sempre fui fã deste tipo, talvez pelo meu contado com computadores tenha se dado pelo TK90X. Durante anos ficamos presos a visão escritório dos IBM PCs e seus clones, e acabamos por acreditar que computador seja isso. Mesmo que o volume de vendas nem chegue perto dos antigos computadores domésticos. Talvez a única contribuição do “universo IBM PC” seja o conceito de modularidade, coisa quase inexistente nos concorrentes domésticos.
História: Pouca gente sabe, mas computadores tudo em um (como o iMac), chamados hoje de “all-in-one” (AIO), eram comuns na década de 80. Mas só a Apple sobreviveu a estes tempos fazendo computadores compactos, enquanto as copias dos “IBM PC” eram trambolhões gigantescos. Sim que grande parte deles não vinha com o monitor, pois tal peça era muito cara na época, as soluções eram, de usar a TV ou comprar a parte.
Mas na década seguintes muitas empresas de computadores viram um filão crescendo, a dos PCs domésticos, onde caminhões como os filhos da “big blue” comuns não ficavam bem na fita. Varias empresas fizeram seus modelos, em sua maioria, bem parecidos com os modelos Macintosh da Apple.
Os Compaq Pressario 425. 433 e CDS são bons exemplos dessa moda, eram estilosos, mas não era os únicos, HP, Packard Bell, Dell, Microtec, e até mesmo a IBM com modelos de PS/1 e PS/2 também entraram neste filão durante o decorrer da década de noventa. Estes PCs nada mais eram que monitores CRTs montado em cima de gabinetes “Pizza Box” com as estruturas destes dois unidas em uma só.
Apesar de todo mundo pensar que o Apple iMac G3 tenham sido o percussor dessa onda dos computadores tudo em um, ele apenas serviu para mostrar que era possível fugir dos modelos quadrados que eram comuns em meados de 1998. Claro que isso foi à custa da modularidade. Ele não possuía drive de disquete, sua unidade óptica não podia ser trocado por um gravador de CD; manias do Jobs.
O G3 foi lançado, amparado em um espalhafatoso marketing, encabeçado por Jobs que voltava a Apple. Ele acabou por se tornar ícone na cultura popular, e findou com a vida de seus concorrentes, relegando-os a um quase completo esquecimento. E gerou clones como o eOne da eMachines lançado em 1999.
Hoje os computadores compactos se resumem á dois estilos: Os “iMacs”, com seus preços astronômicos, e componentes que são basicamente os mesmo dos PCs, mudando só a parte de softwares com o Mac OS X. E os PCs “All-In-One” que na maioria das vezes são “notebooks” de baixo custo com telas grandes de “resoluções altas” e sem bateria, vendidos com o Windows cheio de “firulas”; que muitas vezes o deixa lento.
Ultimamente os fabricantes de PCs começaram a lançar modelos “all-in-one” com mais freqüência, e até mesmo modelos com componentes mais “parrudos”. Algumas empresas baseando-se em outro fenômeno, os smarthphones e tablets têm lançados até mesmo modelos híbridos. Claro que mesmo com essas atualizações eles nem se comparam aos antigos (que eram “PCs de verdade”).
Os “AIOs” em sua maioria usam placas-mães, de notebooks com processadores de baixa voltagem da Intel (até mesmo o Atom é usado), além e claro das dezenas de modelos de CPUs e APUs da AMD. Sem contar as configurações fracas de vídeos, alguns possuem chips de vídeo AMD e nVidia “mobile” soldados na placa sem possibilidade de troca. Há exceções mais são às vezes mais caras do que um Apple iMac 27.
Uma idéia para a modularidade deste PCs seria levar adiante o conceito dos slots compactos que foram desenvolvidos para as placas de vídeos usadas em notebooks. Como o não proprietário MXM da MXM-SIG (mais com o apoio da nVidia), ou o proprietário AXION da antiga ATI. Acho que projetos assim não vingaram por que tinha o patrocínio de empresas rivais por trás, mesmo o MXM se podia dizer que era um produto nVidia.
O melhor seria investir no desenvolvimento de um slot padrão de expansões de perfil baixo, como os Mini PCI-E, muito usados em notebooks para a placa “wi-fi”. Ou melhor, aproveitar o “up” que o conector M2 usado para “SSDs”, que visa substituir o mSATA (que é derivado do SATA Express) já que o mesmo é nada mais, nada menos que um link PCI-Express com um conector padronizado.
Quanto aos gabinetes, vários projetos de AIO existem - tirando os que a maioria conhece que são copias dos modelos da Apple - há os “Tiny” que são “caixinhas” que foram desenvolvidas para serem acoplados em monitores LCD (Apple Mac Mini e Google Chromebox podem ser enquadrados nesta categoria). Outro modelo é os que usam furação VESA para acoplar monitores LCDs na lateral de gabinetes torre comum.
A Intel também quis participar dessa jogada com o Loop LP 2150, um projeto interessante se não fosse à impossibilidade da trocar do monitor. Acho que não preciso nem dizer o porquê desses projetos não irem para frente, ou precisa e você acredita em conto de fadas?
Se algum fabricante tiver a brilhante idéia de lançar um PC tudo em um que, possa usados processadores “normais” - com os sockets padrões - com dois slots PCI Express (um X16); além é claro, de uma boa refrigeração ele será muito mais barato que um Mac e muito mais confortável que um notebook, será o fim dessas porcarias que são vendidas hoje em dia. E talvez de um gás ao já mofado conceito.
terça-feira, 22 de setembro de 2015
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