Quando se fala em um “computador ideal” logo vem à mente um PC top (“gamer”), mesmo que isso não seja condizente com a realidade. Sim, hoje o mercado se resume a PCs e Macs, mas estes não foram sempre os protagonistas, nem mesmo na atualidade seu domínio é completo; que o diga o fenômeno tablet e smartphone. Mas o que define mesmo o termo “computador ideal”, se eu disser que o que vale e a sua experiência de uso?
A história de sucesso: O sucesso dos IBM PCs se deve a alguns fatores interessantes: Sua arquitetura modular, usando peças de terceiros, e uma particularidade não prevista; a pirataria da BIOS da IBM. Essa “traquinagem” das empresas Columbia Data Products (CDP), Eagle Computer e Compaq ajudaram a popularizar. Além disso, os vários clones asiáticos que inundaram os EUA pelos idos de 1984.
Mas isso tudo só foi possível devido à “cagada homérica” do Jobs e seu Apple III (computador torradeira para os íntimos), deixando os pequenos escritórios ‘americanos’ sem alternativas a não ser investir nos clones IBM PC, já que todo mundo queria usar os tais “16-bits”, mesmo muitos não sabendo para que.
Mais vamos ao ponto: Para equacionar um PC ideal, começaremos pelo sistema operacional. Um que “roube” poucos recursos da máquina - como o Linux - pode proporcionar uma experiência satisfatória, mas isso só funcionaria para quem não quer jogar “tudo”.
Você pode até usar o Wine, mais isso demandará um processador poderoso, memória RAM abundante e placa de vídeo idem. Mais não seria o ideal. A solução? Windows 7 SP1. Pelo menos agora que ainda não há o domínio do DX12 só pressente no “007” Windows 10.
São comuns os kits “games” com Intel H81. Pentium G3220. 4 GB DDR3 1333 em single-channel. Ou AMD: 760G. FX-6300. 4 DDR3 1866 em single-channel. Onde você escolherá a placa de vídeo. São configurações desbalanceadas, que não vale a pena.
Usam placas-mães (a AMD é a pior delas), e processador, de entrada, ou antigo, com cooler Box. O chip gráfico é o padrão onboard (os AMDs ganha neste caso), com pouca memória, e provavelmente você terá a brilhante idéia de usá-lo em um monitor FullHD com o Windows mais pesado possível.
Montando um “PC custo benefício”: Intel: Placa-mãe padrão (Micro-ATX) LGA 1150 com um slot PCI-E X16 3.0, suporte a DDR3 1600MHz de 8GB mínimo, USB3 e “VRM” com dissipador, e um mínimo de 4 portas SATA3. Escolha chipsets H97 no mínimo.
AMD: Uma placa semelhante com socket FM2+. Por serem mais baratas, dar até para levar uma placa com socket AMD3+. Os chipset AMD FCH para FM2+ são A68H (A4 e A6), A78 (A6 e A8) e A88X (A8 e A10). Para AMD3+ o modelo 980G.
Processador: Quanto ao numero de núcleos, hoje é indispensável um processador de 4 núcleos “verdadeiros”, e não com HT, na faixa dos 3.0 GHz. Isso não é só para jogar games mais exigentes, mais para se precaver para o futuro.
Intel: Aqui não há mistérios um Core i5 (i5-44XX), já atente a maioria dos requisitos, se não todos.
AMD: Um APU “Kaveri” A8 76XX para socket FM2+ (há também os Athlons X4 840 e o 860K). Se optar por um processador para socket AMD3+ um FX-6300.
Diferente da Intel, onde há nitidamente uma divisão hierárquica de categorias, na AMD isso não existe, a não ser para os Sempron, que são naturalmente de “baixo custo”. Você pode encontrar tanto “A“ quanto “FX” de “entrada”, sem contar com os Athlons perdidos no meio.
Vídeo: Uma placa de 2GB GDDR5 de 128-bits é o mínimo que se deve ter atualmente. Se possível, ir logo para uma 256-bits de 4GB intermediaria, isso ajuda muito no desempenho devido aos jogos recentes exigiram muito da VRAM. Para AMD uma Radeon R7 série 200 ou 300. Para nVidia a GTX 750TI ou 950 é o mínimo. Leve em consideração que GPUs AMD são menos eficientes energeticamente, e possuem TDP mais alto que a Nvidia, e que esta ultima possui modelos intermediário com menos VRAM, e mais fáceis de encontrar em modelos “tops”.
Da mesma forma que há confusão na nomenclatura de processadores AMD, a nVidia e a própria AMD fazem o mesmo com os seu chips de vídeo, o pior e renomeação de modelos antigos que confunde mais do que ajuda, o que dificulta as dicas.
Memória RAM: 8 GB DDR3 1600mhz (1866mhz para AMD) em “dual-channel” com dissipador. Mas leve em consideração o FSB do processador. Se usa muitos programas em carrossel (carregando e descarregado na memória) 16GB e o mínimo, e também vale para quem faz virtualização.
HD SATA3 7200RPM de no mínimo 500GB (platter único) com buffer de 32MB completam o pacote. Para uma analise mais apurada, e se vale a pena o uso dos SSD em conjunto com HDs, ou ele sozinho; veja o artigo: “Armazenamento: HD ou SSD”.
Já o Gravador de DVD e um item considerado dispensável hoje em dia, mas que ainda vale a pena ter. Para quem é adepto do backup em mídia óptica, o gravador de Blu-Ray já vale o investimento, se não o DVD-RW já é o bastante. O leitor de cartões é uma escolha pessoal.
A escolha dos gabinetes, monitores é periféricos merece uma análise a parte, já que a escolha não é tão simples assim. É muito comum o uso do termo “gamer” ao nome dos produtos para induzi-lo a comprar um periférico mal projetado, e que visa ser um grande abajur.
segunda-feira, 10 de outubro de 2016
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