Acha que fui grosseiro? Não espere amenidades aqui, pois nem eu e nem as empresas que vende produtos para este setor tem algum apresso por você. E eu sei que você vai usar da “máxima” do “há mais são empresa capitalista”, seu argumento não invalida sua burrice ao comprar um produto caro pelo status e não pelo preço dele. Mas porque tudo isso?
Recentemente tive que comprar um mousepad, coisa que achava extinta desde o surgimento dos mouses ópticos, mas a nova onda dos “mouses gamers” (tive que adquiri um modelo deste, Mouses Apple, Xgamer MO236) acendeu a chama eterna desde filão. Sim que os modelos de hoje são bem diferentes dos de antes, mas não espere ergonomia, pois a pedra basilar deste “movimento” é chamar a atenção.
O modelo que comprei é da marca E-Blue, uma empresa de Hong Kong, fundada em 1999, e é bem provável que seja a “OEM” responsável por vários produtos de marcas já conhecidas. Pois a mesma tem fabrica no paraíso das quinquilharias, Shenzhen, Guangdong na China.
Optei pelo modelo 52193 da linha Cobra, (curiosamente todos os modelos tem um numero confuso, pode encontrar este modelo com o número 52189). Ele é um modelo grande de 92 cm por 29 cm feito de E.V.A e tecido de microfibra. Paguei 44 reais, o mesmo preço do modelo menor.
E minha opinião é, não vale a pena, a não ser que você encontre por um precinho camarada como eu tive a sorte, pois encontrei este modelo pelo preço do modelo 52189, se é que esse é mesmo o numero do modelo. Você está pagando caro por um pedaço de tecido emborrachado.
Mas como são classificados e construídos? Geralmente eles são divididos em dois grupos: os “soft mate”, que são os maleáveis podendo inclusive serem enrolados, que são os mais comuns hoje em dia. E os “hard mate”, que são os rígidos, ou não tão fixos assim, se assemelhando aos antigos.
Eles são normalmente divididos em dois pedaços, um emborrachado feito de Espuma vinílica acetinada (EVA), sua função e dar firmeza na base. O outro de poliamida, tecido ou qualquer outro material, com o intuito de manter uma superfície suficientemente lisa para o deslize do mouse.
O que ocorreu que este setor foi uma gourmetização, que quando acontece de um determinado filão passa do lixo ao luxo, e nem vou entra no mérito das marcas famoso, pois já vi modelos de “tecido emborrachado” com valores perto e até maiores que produtos eletrônicos conhecidos como os consoles por exemplo.
Não sabe o que é “gourmetizar” sendo simplista é se apropriar de uma embalagem estética para vender um produto normal como se fosse excepcional. Isso acabou por me lembrar das obras do filosofo francês Gilles Lipovetsky, recomendo que leiam.
quinta-feira, 22 de março de 2018
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário