Tentei não fazer um texto grande sobre a nomenclatura usada para categorizar os computadores, mas não teve como, então espere por mais deste tipo. Pois não teria como eu continuar a fazer a série de texto sobre a história dos computadores sem um texto sobre isso. Pois muitas vezes um determinado aparelho é catapultado ao estrelato sem nem ao mesmo ser direcionados ao seu publico alvo.
Nos primórdios não tinha como ter varias categorias para os computadores, pois os mesmo estavam restritos a função de calcular. O processo de nomear computadores é posterior a sua popularização nas décadas de 70 e 80. Os primeiros foram classificados pela forma de operação em dois grupos.
Computadores analógicos: O computador analógico usa fenômenos elétricos, mecânicos ou hidráulicos para modelar o problema a ser resolvido. Genericamente um computador analógico usa um tipo de grandeza física para representar o comportamento de outro sistema físico ou função matemática.
Computadores digitais: Realizam seus cálculos através da manipulação de bits binários (zeros e uns) ou mais raramente decimais. Eles convertem as constantes e variáveis de qualquer equação matemática em informação simplificada, tais como palavras, instruções e medidas numéricas.
Podia-se também classifica-los por sua construção entre os eletromecânicos (usando reles). E os eletrônicos (válvulas). Como era muito difícil categoriza-los assim, convencionou-se dividi-los em gerações, Uma nomenclatura arbitrária, já que omite intencionalmente os eletromecânicos.
Dessa forma a primeira geração. Seria dos computadores que se destacavam pelo uso de válvulas. Com o ENIAC como pioneiro é claro, usando como base de exclusão também o princípio da maquina Turing. O que se provou posterior ser puro engodo.
A segunda geração. Pelo uso dos transistores, mesmo que alguns componentes fossem da geração passada. Era uma geração bem mais democrática, pois também nesta época na dava muito parar esconder “debaixo do pano” como fizerem com os trabalhos de Zuse.
E a terceira geração. Pelo uso dos circuitos integrados. Foi quando perceberam o quão arbitrarias era essa classificação por geração e em paralelo usam outros tipos, com pelo tamanho. Apesar de alguns incluírem uma 4ª geração, ela não existe.
Os pioneiros da popularização vieram de uma época (década de 70), que caracterizá-los por porte, como Minicomputador (de onde deriva o termo microcomputador), era ainda comum. Partindo disso, as empresas, decidiram por uma nomenclatura pela função e o propósito a que eles destinavam-se.
Havia nesta época, e mais precisamente no período anterior ao advento do IBM 5150 em 1981, uma clara distinção entre os “Home Computer” (computador de casa) e os “Personal Computer (PC)” o nosso conhecido computador pessoal, no final eram a mesma coisa com publico alvos predefinidos. No final esta ultima definição ficou como marca da IBM atrelada ao seu produto.
É dentro deste pequeno último grupo de onde surgem os conceitos de Desktops, (em uma tradução livre computador de mesa), e as Workstations (estações de trabalho); praticamente dominante hoje em dia. Em uma nítida divisão corporativa, apesar de os computadores serem generalista. Isso é fruto do predomínio do IBM PC ao final da década de 80.
Posteriormente surgiram os servidores que tinha uma premissa antiga a de usar um modelo de cliente e servidor. Parecido com o anacronismo ainda presente hoje dos Mainframes. Os supercomputadores, e outro exemplo de resquício do passado que sobreviveu, apesar de eles serem bem diferentes dos seus longínquos “ancestrais”.
Se você acha que para por ai, está muito enganado. Os Thin Cliente (cliente magro) foi uma reação a popularização do modelo cliente – servidor, uma releitura do conceito de terminal burro do passado (este último não possui capacidade de processamento que estava presente nos TC).
NetTop mais uma volta de conceitos, desta vez dos terminais diskless (sem disco), e sem legado, e nada mais nada menos que um versão “de mesa” do conceito de Netbook. Tanto o primeiro quanto este são basicamente computadores para se ligar em rede, seja domestica ou corporativa.
Categorizar por função também é valido hoje em dia, até muito usado como os computadores voltados ao publico “gamer”, um nicho bem lucrativo hoje em dia. Ou o pouco conhecido “rugged” (computadores robustos) para setores que precisem de confiabilidade e robustez. HTPC (Home Theater Personal Computer) quando se percebeu que o computador estava se tornado uma central de mídia.
Outro fenômeno curioso iniciado no final da década se 70 são os 2-1. Eu não estou me referindo aos PCs 2-1 que são a junção de um laptop e um tablete, e sim a dispositivos eletrônicos que vinham com a disponibilidade de portas de expansões que permitia transforma-los em um computador.
Alguns exemplos, como a “calculadora” Olivetti Programma 101 de 1965 (e a Hewlett-Packard 9100 de 1968) ou o videogame Bally Astrocade de 1977. São exemplares antigos dessa tendência que hoje se restringem aos dispositivos eletrônicos moveis.
As SmartTVs que é a junção de um computador e TV com sistemas de Set-Top-Boxe (STB), é talvez o único sobrevivente não móvel fabricado em escala desta tendência chamada de convergência tecnológica. Pode ser considerada um versão AIO do conceito de HTPC.
segunda-feira, 28 de maio de 2018
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