Esta nomenclatura herdada da informática e usada para diferencia os aparelhos por geração, hoje perdeu muito o sentindo, apesar de, em minha opinião, ela não ter lá muita serventia. Mas vou seguir essa premissa até o fim, e será uma surpresa já que irão ver apenas um, sim isso mesmo, essa geração só nos legou apenas um pioneiro. Este texto e em comemoração aos 45 anos dos videogames domésticos.
Como já havia relatado em Primeiros Jogos Eletrônicos os consoles de vídeo jogos “domésticos” são derivados do projeto Brown Box do alemão naturalizado “americano,” Ralph Baer, mas estes não foram os primeiros. Perceberam que frisei o termo, “domésticos”? Simples já havia os Arcades eletrônicos como o Pong, e semelhantes. Até aquele momento não havia uma diversão eletrônica genuinamente para o lar.
O pioneiro, e o aniversariante, e o único de relevância, foi o Odyssey da “americana” Magnavox (que viraria divisão da holandesa Philips em 1974) lançado em setembro de 1972. Uma versão oficial do projeto do alemão Ralph Baer, o Brown Box. Posteriormente – a partir de 1975 – tornou-se uma série que usavam vários chips de fabricantes diferentes (indo do Odyssey 100 ao 5000), isso se tornou uma tenência também na época.
Era uma caixa esquisita com dois controles retangulares com potenciômetros laterais e um botão superior (estilo Paddle). Usava lógica diodo transistor, e não reproduzi sons. E era capaz de exibir dois pontos e um traço (levados por RF), o resto dos elementos gráficos era “compensado” com capas (películas) para TV. Ele possuía tabelas de pontuação, dados, fichas e dinheiro de jogos de tabuleiros. Funcionava com 6 pilhas C (R14), mas possui fonte CA vendida separadamente. Além de uma espingarda para jogos de tiro, a primeira deste tipo.
Era possível mudar de “estilo de jogo” através de placas de circuitos que mudava a posição dos elementos básicos para simular os outros jogos, era na verdade uma enorme jumper que mudava a posição dos pontos e traços gerados pelo aparelho.
E os outros? Se lembra que falei que só havia um de relevância? Pois é. Não valeria a pena citar detalhes de todos eles, pois não são relevantes, são apenas variações do projeto do Ralph Baer. Sem contar a enxurrada de copias e das versões domesticas dos Arcades.
Mas há duas vertentes tecnológicas que as empresas seguiram, e que marcaram esta primeira geração, e é importante frisa-las. Uma é da criação dos consoles chamados de “dedicados”, que eram nada mais nada menos, do que a versão de jogos de maquinas “Arcades” (vulgo Fliperamas) para o lar. Com jogos fixos pré-escolhidos inseridos na “memória”. Em sua maioria versões do Pong.
O mais emblemático destes aparelhos foi o Home Pong (Tele-Game) da “Sears”, feito pela “americana” Atari de dezembro 1975 (usando o chip 3659-1C/C2566). Este é nostálgico para os brasileiros, pois foi fabricado uma versão nacional em 1977, TeleJogo (National Semiconductor MM57100), pela Philco que na época era uma divisão da Ford.
Uma menção honrosa aos Ping-O-Tronic (PP-1) de 1974 da italiana Zanussi/Séleco. Video Sport MK2 da britânica Henry's de 1974. Que são anteriores ao produto da Atari. TV Tennis ElectroTennis da japonesa Epoch Co de setembro 1975, que era totalmente sem fio (UHF), e o controle também.
Os clones são vários, a lista é imensa: TV Master (MK 4 Nª 1/4974) da britânica Binatone de 1975. O japonês Color TV-Game (CTG-6V) de 1976 da Nintendo/Mitsubishi Electronics. Gameroom Tele-Pong da “americana” Entex Industries de 1976.
Outra tendência era dos consoles em um chip, quando os chips se tornaram mais baratos, e também por que a logicas de processamento desses primeiros aparelhos era limitada. Possibilitando a inclusão em apenas uma peça já que na maioria das vezes os jogos eram versões Tennis For Two.
O “americano” Coleco Telstar (Modelo 6040 da serie Telstar) de 1976 foi o pioneiro dessa modalidade, usava o chip AY-3-8500 da General Instruments, que acabou por contaminar os outros fabricantes, praticamente todos laçaram versões em um chips de seu aparelhos.
E os clones seguem: Colorsport VIII da, Granada EUA de 1978 (usando o MPS 7600 da MOS Technology). TV Fun da americana APF Electronics Inc de 1976. (AY-3-8500). TV Scoreboard da Tandy de 1976 (AY-3-8500). Polonês Ameprod TVG-10 da Elwro 1978 (AY-3-8500).
Praticamente todos os aparelhos desta geração são dedicados de alguma forma, mesmo os que se enquadravam na segunda categoria. São por definição videogames com jogos embutidos - o que os diferenciam era o uso de chips ao invés de placas lógicas dos primeiros modelos. Tirando raras exceções, todos os aparelhos desta época passaram também pelo processo de serialização.
Isso foi elaborado como uma forma de atualizar a configuração inicial que na maioria das vezes era fraca em relação aos concorrentes lançados depois. Como a evolução eletrônica, e o barateamento dela, estava em seu inicio as novidades eram rápidas. O que era caro para uma empresa em um ano se tornava acessível no outro. O que possibilitava a redução do custo sem ônus para os consumidores.
Este será o primeiro artigo da série, e diferente dos outros feitos sobre os computadores, irei citar todos os consoles por geração, não com tantos detalhes que serão reservados aos principais, os pioneiros e aos que trouxeram avanços ou novidades. Para os outros citarei pelo menos nome, modelo, empresa fabricante e ano de lançamento.
Próximo: Videogames: 2ª geração..
quinta-feira, 28 de setembro de 2017
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