Deparei-me com um problema há um tempo, mas só agora fiz este texto sobre a solução encontrada. O problema e que o Windows, e seus programas atrelados, já não da para usar em sistema mais leves. Como os notebooks mais simples vendidos por ai, como aquele ultracompacto por um precinho camarada. Em grosso são os Intel Atom, e aqui entra o tradicional Bonnell e os mais novos como o Silvermont (Airmont e Goldmont) e os Fusion AMD.
Citei um desses em meu texto Netbook com Intel Atom lá pelos idos de 2012, e dei dicas de uso do Windows na época. Não tenho mais como usar o produto da Microsoft, nem usar programas de Windows nestes tipos de computadores, os novos softwares exigem demais de uma plataforma já defasada. Mesmo que os novos processadores destas categorias sejam mais eficiente a tendência é piorar no futuro, devido a adição de penduricalhos.
E a solução? Cair de cabeça no Linux, e não é um qualquer, é uma distribuição minimalista modificada por “moi”. Coisa que só o Linux faz por você. Contei um pouco sobre elas também em Linux, distros minimalistas. Esses sistemas são uma das melhores coisas que o “Software Livre” nos proporcionou.
Testei em dois modelos, o primeiro já foi citado, e o outro é um “dual core” AMD (C70 de 1.0Ghz turbo 1.33, HD 6290) com 4GB DDR3 1066. Com Linux eles não suaram nas tarefas básicas mesmo com o uso dos programas que consomem recurso em demasia, como os navegadores mais populares. Cheguei a rodar um jogo, via Wine, onde as configurações mínimas desde excedia o poder do “mais fraco”.
E como eu fiz esta proeza? Simples o SliTaz versão 4.0 (10/04/2012) com modificações (no kernel e no carregamento de módulos), com uma interface (baseada no Enlightenment e17) parecida com a do fiando XP. O sistema ficou extremamente leve, e com poucos “penduricalhos” agregados.
Grandes partes das modificações que fiz, não foram nos códigos em si, pois isso demandaria trabalho extra. Foram traduções, (a versão Enlightenment e17 presente do repositório não estava traduzida na época). Ajustes de pequenos de bugs na interface, e atualizações de pacotes necessários, programas e configurações. Como já dizia Vint Cerf. “Nada melhor que um programador preguiçoso. Você usa coisas que já estão prontas e tudo fica mais simples.“.
E por que o SliTaz? Ele é um sistema leve, minimalista, que pode se carregado todo na memória. Mesmo com o Wine de intermediário, o jogo rodou muito bem, bem até de mais no segundo, melhor do que com o Windows, o que leva a crer que o produto da Microsoft acaba por ligar serviços que atrapalham o próprio. No restante das tarefas ele se comportou suavemente com programas pesados como o Chrome, Firefox, LibreOfffice e Gimp.
E o Enlightenment? Bem esse é um caso a parte, eu poderia ter usar a “interface” padrão do sistema (OpenBox), mas esta têm uma característica interessante. Ela é feita em cima das bibliotecas EFL (Enlightenment Foundation Libraries) que são uma alternativa não excludente as majoritárias GTK do Gnome e QT do KDE. Sim você leu isso mesmo, não excludente, você poder usar programas que usem das duas bibliotecas dos “ambientes de desktop” mais difundidos no Linux sem ter que instala-las. Apesar de na pratica isso não funcionar 100%.
Não usei a versão 5 do SliTaz por que é uma versão “roolling” que está em constante atualização, e também por que na época em que iniciei o projeto ela ainda estava em RC1 (release candidate). Queria partir de algo estável para não ter problemas futuros. O mesmo aconteceu com o Enlightenment e17, além disso, não há a versão e22, eu teria que modifica-la com pacotes vindos de outros repositórios para usar, o que acarretaria mais trabalho. Simplesmente não sei de vou atualizar este projeto, pois em time que está ganhado, não se mexe e já nem tenho mais a “ISO” dele,
“Então se eu colocar Linux em meu note das Casas Bahia rodará até jogo?” As coisas não são bem assim. Como disse anteriormente, os processadores ULVs, e de entrada, estão passando por metamorfoses, e alguns estão se saindo bem até de mais, como mostra o Intel Pentium G4560 (Kaby Lake).
Mais no mundo dos portáteis baratos a história é outra. Não há possibilidades de troca, geralmente os chips são soldados, e são versões antigas dos Intel “Atoms” e seria C da AMD, e nem de usar periféricos adicionais para ajudar no desempenho, como placas de vídeos. O máximo que se pode fazer e aumentar a memória RAM até onde der geralmente 4GB, e adicionar um SSD, mas isso não faz milagres.
Diferentes do que muitos imaginam não é a Intel/AMD que erra em criar esses processadores, e sim as “montadoras” que desviam a função destes (sistemas compactos) para o mundo “mainstream”. E o pior de tudo, colocam um sistema pesado, onde prolifera programas cada vez mais arbitrários no consumo dos recursos, “bugados”, e que não entrega sua contrapartida. Eles são para tarefas leves.
Linux não é difícil. Não precisa esse trabalho todo para dar vida a um notebook/netbook já velhinho. Ah sistema minimalistas, ou leves, já pronto, claro que não vai ter o mesmo desempenho que os “meus” tiveram. Mas será infinitamente melhor que o Windows usado na maioria deles. Outro detalhe é o Wine que a maioria não sabe o que é e para que ele serve, achando que o mesmo seja um emulador.
O Linux só não ganha do Windows em apenas um detalhe, os jogos, por que na maioria dos outros o produto do Linus se sai bem melhor. Se não houvesse o uso (e as vezes imposição) descarado do DirectX o produto da Microsoft seria um nicho com o MacOS X é.
Este é o ultimo artigo do ano, só voltarei a postar em 2018 e talvez consiga trazer mas informações por mês, pois em 2017 não consegui tal intento. O que é provável certo é mais coisas sobre Bitcoin e Videogames e a continuação da historias dos computadores.
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